quinta-feira, 16 de julho de 2009

Congresso da UNE debate AI-5 Digital

Trinta anos da Lei de Anistia, o AI-5 Digital, Lei Rouanet e crise mundial. Todos serão temas de debates do 51º Congresso da UNE que acontece em Brasília a partir desta quarta-feira, 15 de julho. Cerca de 10 mil estudantes movimentarão a UnB e a cidade. Apenas da cidade de São Paulo, dez ônibus devem chegar à capital do país nos próximos dias.

Nas últimas semanas, cinco mil delegados foram eleitos representando 90% das instituições de Ensino Superior do Brasil. O Congresso da UNE deste ano será o maior da história do movimento estudantil. A programação inclui debates, painéis, plenárias, atos públicos, passeatas e também ações culturais. As atividades se concentrarão noMinhocão da UnB e no ginásio Nilson Nelson. Oito escolas do GDF servirão de alojamento dos estudantes, assim como o Minas Brasília Tênis Clube e o clube Motonáutica.

O presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) de São Paulo, Carlos Pinheiro, disse que do seu estado sairão 15 ônibus e 800 estudantes, sendo 510 delegados. "Existe uma grande expectativa para o Congresso, pois este ano ouve uma grande renovação nas delegações e boa parte vai pela primeira vez. Estamos animados para colocar na pauta do país conquistas importantes para os estudantes", afirma.

DCE - Na Universidade de Brasília, o Diretório Central dos Estudantes irá promover um espaço de encontro entre os outros DCEs do Brasil. “Queremos realizar atividades e levantar debates. Hoje vamos realizar uma reunião com os estudantes de Brasília para pensar neste local e propor as pautas”, explica o coordenador geral do DCE-UnB, Raul Cardoso.

A delegação do Paraná também marcará presença com cerca de 270 estudantes. Segundo o presidente da União Paranaense, Paulo Moreira, todos eles estão muitos empolgados com a passeata em defesa da Petrobrás. “É um contexto histórico muito importante. Com o pré-sal, o Brasil tem a possibilidade de resolver alguns problemas sociais crônicos. Se a população se manifestar podemos melhorar a saúde e educação”, explica.

Flávia Calé, presidente da UEE do Rio de Janeiro afirma que a luta de todos deve ser pela reforma universitária. “Precisamos de mais qualidade, regulamentação, verbas e vagas no Ensino Superior. Vamos trocar experiências no Congresso para organizar a agenda dos próximos dois anos”, diz. Para ela, não adianta apenas o governo Lula se comprometer, precisa haver uma ampliação consistente e permanente da educação no país.

De acordo com a União Nacional dos Estudantes (UNE), durante os cinco dias de Congresso os participantes terão a oportunidade de debater e trocar opiniões sobre os rumos do movimento estudantil e avaliar o papel do governo e dos movimentos sociais no cenário da educação. Segundo a organização, todos os estudantes inscritos terão direito a alojamento, transporte e alimentação. As refeições serão feitas tanto no restaurante universitário da UnB quanto no ginásio Nilson Nelson.

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